quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

DIETA EQUILIBRADA, EXERCÍCIOS E EXAMES, AJUDAM A REDUZIR RISCOS DE INFARTO!



Correio Braziliense.com.br
O coração pede socorro. As doenças coronarianas continuam a ser a segunda causa de morte no Brasil, atrás apenas dos acidentes vasculares cerebrais (AVC). O infarto, responsável pelo maior índice de mortalidade, tirou a vida de 76.359 brasileiros em 2009.

Para mudar a estatística, o Ministério da Saúde lançou um pacote de medidas que está disponível para consulta pública até 18 de outubro. A meta é reduzir para 5% o índice de mortes por ataques cardíacos em pacientes atendidos no Sistema Único de Saúde (SUS), que hoje oscila entre 10% e 15%. 

A proposta, direcionada inicialmente às maiores regiões metropolitanas do país, é criar novos leitos de UTI coronariana; incluir mais dois remédios no tratamento do infarto — que serão oferecidos gratuitamente aos pacientes internado; aumentar a verba para angioplastia primária e instalar tele-eletrocardiogramas nas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O investimento previsto é de R$ 234,4 milhões até 2014.

No Dia Mundial do Coração, comemorado hoje, o diretor da Sociedade Mineira de Cardiologia (SMC), Evandro Guimarães, alerta: “Não adianta nada o Ministério da Saúde agir se você não fizer a sua parte. A mudança de hábitos tem que começar dentro de casa”.

O cardiologista sugere, por exemplo, limitar o tempo gasto na frente da televisão e do computador para, no máximo, duas horas por dia. A ideia é que isso permita às pessoas aproveitarem os horários livres para andar de bicicleta, jogar peteca, cuidar do jardim ou simplesmente caminhar, nem que seja até a padaria e o supermercado. “O importante é sair da inércia. Está bem definido que a atividade física reduz a mortalidade cardiovascular, melhora o colesterol, diminui os níveis de pressão arterial e proporciona bem-estar”, afirma Guimarães.

Outra orientação é repensar os hábitos alimentares. Guimarães defende que os brasileiros devem seguir uma dieta saudável como a mediterrânea, baseada no consumo de massas, azeite, frutas, verduras e legumes, que comprovadamente reduz em 15% a chance de ter algum problema cardiovascular. É indicado, portanto, eliminar do cardápio a maior quantidade possível de gordura, até para não sofrer com excesso de peso, que também pode fazer o coração adoecer.

O diretor da SMC lembra, no entanto, que os fumantes precisam ir além. Não vai resolver nada a atividade física e a alimentação balanceada se o paciente continuar consumindo um maço de cigarro por dia. O tabagismo é e sempre será um dos principais inimigos do coração. “Se você fuma dois cigarros por dia, aumenta em 40% o risco de ter um infarto”, diz.

Tão importante quanto a mudança de vida é a avaliação cardiológica regular para medir pressão arterial, colesterol, glicemia, cintura abdominal e índice de massa corpórea (IMC). São exames simples que podem evitar o pior. “É muito comum receber no consultório um paciente de 50 anos que não sabia que era diabético. Às vezes, ele tinha a doença há mais de 10 anos e não sentia nada”, comenta o cardiologista. Como os brasileiros estão sofrendo infartos cada vez mais cedo, em parte por causa da vida agitada que levam, é bom procurar um especialista o quanto antes.

Para cuidar do coração, Guimarães reforça que é preciso ter força de vontade. Em um ano, o paciente pode não perceber os benefícios, mas a longo prazo o coração vai agradecer o esforço. “Se você reduzir seu peso, fizer atividade física e tiver uma alimentação saudável, vai conseguir viver mais e melhor. Além disso, vai depender menos da saúde pública, porque não vai precisar visitar o médico com tanta frequência nem vai tomar medicação. Isso é ter qualidade de vida.”

Sinal de alerta

Estava anunciado que, cedo ou tarde, o coração do analista de sistemas Beethoven Souza, 51 anos, daria sinais de que não funcionava bem. Mesmo sabendo que tinha risco de desenvolver uma doença coronária, pois sua mãe havia tido um infarte, ele não se preocupava com a saúde. Estava acima do peso, não se exercitava e comia de tudo. Só o cigarro havia conseguido abandonar. Até que, em 2006, ao sentir uma dor no peito, Beethoven descobriu que uma artéria do coração estava obstruída e recebeu o diagnóstico de angina.

No dia seguinte, outra surpresa. Na consulta com o cardiologista, o analista de sistemas soube que estava com colesterol, glicemia e pressão arterial alterados. Com os exames em mãos, Beethoven percebeu que era a hora de se cuidar. “Fui do consultório até em casa para a ficha cair. Quando cheguei, disse para a minha mulher: ‘Vou mudar de vida’. Era o que tinha que fazer, se quisesse continuar vivo”, relembra.

Antes mesmo de passar pela angioplastia, o analista de sistemas revolucionou a alimentação. “Comia tudo o que via. Era feijoada, caldo de mocotó, picanha na chapa. Lanchava todo dia coxinha, quibe ou pastel. Hoje, aprecio mais frango, peixe; carne vermelha, muito pouco”, diz. Beethoven agora leva verduras e legumes para o trabalho e prepara a salada na hora. No lanche, só frutas. Prefere passar longe da lanchonete. Resolveu fazer caminhada todos os dias na hora do almoço e conseguiu perder 15 quilos. Da angina, só restou o remédio para hipertensão.

Morte súbita

O infarto é a doença cardiovascular que mais preocupa, porque é uma das maiores causas de mortes súbitas. Ocorre quando o entupimento da artéria gera uma arritmia cardíaca grave e irreversível. A doença também pode fazer o paciente desenvolver insuficiência cardíaca. Se a área do infarte for muito grande, a perda muscular será tão extensa que o coração perderá a capacidade de bombear o sangue. São pessoas que poderão, no futuro, ter indicação de um transplante cardíaco.

TESTE A SAÚDE DO SEU CORAÇÃO

SEXO E IDADE
PERFIL - PONTOS
Homem de 20 a 30 anos / Mulher até 50 anos - 0
Homem de 31 a 40 anos - 1
Homem de 41 a 45 anos / Mulher de 51 anos ou mais - 2
Homem de 46 a 50 anos / Mulher sem ovário - 3
Homem de 51 a 60 anos / Mulher com irmã(o) infartado - 5
Homem de 61 anos ou mais / Mulher diabética - 6

CIGARRO
PERFIL - PONTOS
Nunca fumou - 0
Ex-fumante ou faz uso de cachimbo ou charuto - 1
Menos de 10 cigarros por dia - 2
De 10 a 20 cigarros por dia - 8
De 21 a 30 cigarros por dia - 9
De 31 a 40 cigarros por dia - 10

PESO
PERFIL - PONTOS
5kg a menos que o peso normal - 0
Peso Normal - 1
De 5 a 10kg acima do peso - 2
De 11 a 19kg acima do peso - 3
De 20 a 25kg acima do peso - 7
25kg ou mais acima do peso - 8

ATIVIDADE FÍSICA
PERFIL - PONTOS
Atividade profissional/esportiva intensa - 0
Atividade profissional/esportiva moderada - 1
Atividade profissional/esportiva leve - 2
Atividade profissional sedentária/esportiva moderada - 3
Atividade profissional sedentária/pouca atividade esportiva - 4
Inatividade física - 6

HISTÓRICO FAMILIAR
PERFIL - PONTOS
Nenhum - 0
Pai ou mãe c/ (+) de 60 anos c/ doença coronariana - 1
Pai e mãe c/ (+) de 60 anos c/ doença coronariana - 2
Pai ou mãe c/ (-) de 60 anos c/ doença coronariana - 3
Pai e mãe c/ (-) de 60 anos c/ doença coronariana - 7
Pai, mãe e irmão c/ doença coronariana - 8

PRESSÃO ARTERIAL
PERFIL - PONTOS
Até 119mmHg - 0
120 - 130mmHg - 1
131 - 140mmHg - 2
141 - 160mmHg - 6
161 - 180mmHg - 9
180mmHg ou (+) - 10

GLICOSE
PERFIL - PONTOS
Jejum abaixo de 80 - 0
Diabéticos na família - 1
Jejum < 100 / 2º hora < 140 - 2
Jejum > 100 / 2º hora > 140 - 5
Diabetes tratado - 6
Diabetes não controlado - 10

COLESTEROL
PERFIL - PONTOS
Abaixo de 180 - 0
181 - 200 - 1
201 - 220 - 2
221 - 240 - 7
241 - 280 - 9
> 280 - 10

RESULTADO
0 a 8 - Baixo risco
17 - Risco potencial
40 - Risco moderado
59 - Risco alto
67 - Faixa de perigo
68 - Perigo máximo

Por Celina Aquino

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Vergonha do físico e falta de atenção dos professores são principais motivos de desistências em academias!

  • Cerca de 50 a 60% dos alunos que se matriculam em academias desistem nos primeiros 45 dias
    Cerca de 50 a 60% dos alunos que se matriculam em academias desistem nos primeiros 45 dias
Cerca de 50 a 60% dos alunos que se matriculam em academias desistem nos primeiros 45 dias. A estimativa é da Associação Brasileira de Academias (Acad) e os motivos que levam a essa decisão são os mais variados. Dos entrevistados, 68% afirmam que parte dessa desmotivação ocorre por falta de atenção dos professores no espaço em que estão matriculados. "Como a pessoa não tem o hábito de praticar atividades físicas e quase sempre estão com vergonha do corpo, os profissionais não podem apenas montar o programa e abandonar o aluno na sala.”, acredita Kleber Pereira, presidente da Acad. Pereira destaca como função dos professores identificar os mais tímidos e fazer um bom trabalho para que eles se relacionem melhor com as pessoas e com os aparelhos em que farão as atividades.
A advogada Sandra Scotti Colombo, hoje matriculada em uma academia feminina, conta que ficava constrangida em fazer exercícios por estar um pouco acima do peso. "Além disso, não gosto de praticar aulas com muita gente reunida. Já tinha tentado fazer exercícios em outros ambientes, mas não me adaptei, ou era muita gente ou era um desfile de moda. Gosto de fazer minha ginástica confortável e não me preocupar com o que estou vestindo", justifica ela. Foi para suprir essas necessidades que as academias passaram a investir em programas especiais para diminuir a evasão entre os novos alunos.
A maioria oferece acompanhamento nos três primeiros meses para estimular e entender as necessidades do aluno que ingressa. "É importante assim que ele entra na academia montar a rotina de atividades e levar em consideração as restrições físicas, como desconforto em alguma prática, tempo que está distante de atividades físicas e período que pode ficar na academia", acredita Rita de Cássia Ernandez, Coordenadora Técnica da academia Competition. O fator bem-estar, de acordo com ela, também precisa ser levado em conta para avaliar alguns conceitos como autoestima, disciplina, flexibilidade e força, para depois gerar um gráfico comparativo para mostrar a evolução obtida a cada três meses.
No início das atividades, entretanto, é preciso também ser claro e transparente com o aluno sobre os exercícios. Na opinião de Regina Bento Oliveira, professora da academia Contours, é essencial orientar o aluno das mudanças que acontecem no organismo e de possíveis dores que ele pode sentir pelo esforço físico. "O ideal é sentir apenas que praticou atividades físicas, especialmente os sedentários, e não uma dor insuportável por uma semana". Segundo ela, quando o aluno já sabe dos efeitos dos exercícios, se sente mais seguro e as chances de ficar uma semana sem voltar às aulas pelo trauma das dores iniciais diminui. Eduardo Neto, diretor técnico da academia Bodytech, concorda e acrescenta que o período inicial é uma espécie de educação para a cultura da academia, visto que os aparelhos usam uma tecnologia com a qual o aluno nem sempre está acostumado. "Ele precisa aprender a lidar com essas novidades, para depois poder fazer por conta própria, independente da ajuda do instrutor", comenta.
Para estimular os alunos a frequentar o espaço é importante criar compromissos. Para Neto, a melhor forma de lidar com pessoas que costumam faltar é agendar algumas atividades. "Marcar datas para mudanças na série de exercícios, convidar para outras aulas que a academia oferece, isso tudo contribui para o aluno continuar frequentando", explica Neto. No caso da aposentada Lila Arruda, se comprometer com as aulas fez a diferença quando começou a frequentar a academia. "Gostei do programa oferecido e de cara já fiz o plano de um ano. Não tinha muita certeza se ia ter motivação pra ir sempre, mas ter feito essa escolha por um período mais longo foi uma maneira de evitar faltar nas aulas", destaca ela.
O professor Rodolfo Vieira, da academia Bio Ritmo, acha fundamental acompanhar a frequência dos alunos, pois isto também é responsabilidade do professor. "Quando os alunos faltam, mandamos e-mail, SMS com mensagens de incentivo para voltar ao espaço.” Para ele, esse tratamento faz a diferença, pois mostra que o professor está preocupado com o aluno. Outra maneira de incentivo é mostrar os resultados práticos que foram obtidos. "Depois de três meses avaliamos parâmetros físicos, medidas de circunferência, peso, se ganhou massa magra e outros aspectos que os estimulam a dar continuidade à academia", mostra Vieira.
 
Adauto Gonçalves Junior
Personal Trainer
(19) 8811-0733  (19)8836-5808