quinta-feira, 17 de maio de 2012

SONO DESREGULADO AUMENTA AS CHANCES DE DESENVOLVER OBESIDADE E DIABETES!!!

Clique e conheça o estudo feito por pesquisadores da Universidade de Harvard

Os três pilares para uma vida saudável consistem em ter boas noites de sono, alimentar-se adequadamente e praticar atividades físicas. Infelizmente, há pessoas que, por mais que consigam ter uma dieta balanceada e se exercitar, acabam dormindo pouco ou não conseguem conciliar a hora de descanso com o relógio biológico – caso de quem faz viagens internacionais constantes ou têm rotinas muito diversificadas. Essa falta de descanso, como constataram pesquisadores dos Estados Unidos, pode trazer problemas sérios ao organismo: além de aumentar as chances de a pessoa ficar obesa, o sono deficiente pode levar ao desenvolvimento do diabetes.

Dormir bem está diretamente ligado à regulação do metabolismo. É durante o momento de repouso que o corpo produz determinados hormônios e repara as células danificadas, e o cérebro fixa as informações importantes na memória. Assim, a deficiência de uma noite bem dormida reduz a velocidade do metabolismo, o que prejudica o emagrecimento. "Além disso, o indivíduo passa a ter menos energia para se exercitar e desenvolve preferência por alimentos pouco saudáveis, e em quantidades maiores que o habitual", explica ao Estado de Minas o líder da pesquisa publicada hoje na revista científica Science Translational Medicine, Orfeu Buxton, professor da Divisão de Medicina do Sono da Escola de Medicina de Harvard. "Em um ano, pode-se engordar 4,5 quilos com essa rotina desregrada", adverte o pesquisador, que também é neurocientista do Brigham and Women’s Hospital.

Os 21 participantes da análise, que não alteraram a intensidade de suas atividades físicas nem a qualidade da alimentação, tiveram o horário em que iam para a cama, bem como o tempo que passavam dormindo, controlado pelos cientistas durante seis semanas. Inicialmente, eles dormiram por cerca de 10 horas todas nas noites. Depois, por três semanas, tinham pouco mais que cinco horas e meia de descanso diário e com a ida para o quarto ocorrendo em horários distintos do dia e da noite, para confundir o relógio biológico.

No estudo, o resultado mais curioso foi em relação ao diabetes. Os indivíduos tiveram a concentração de glicose no sangue aumentada depois das refeições, devido à pouca produção de insulina pelo pâncreas. A insulina é o hormônio responsável por manter a taxa de glicose em níveis adequados nas células. "Em poucos anos, essa situação pode resultar no desenvolvimento do diabetes em quem tem predisposição à doença. Cada organismo reage de uma maneira diferente à falta de sono e aos ciclos instáveis, mas os pré-diabéticos precisam tomar muito cuidado", alerta Buxton.

"Quando a pessoa é privada de dormir adequadamente, há o aumento da produção do hormônio cortisol, que intensifica a resistência à insulina. Isso também é um fator de risco", complementa o neurologista e especialista em medicina do sono Hudson Mourão Mesquita, que não participou da pesquisa.

Organismo recuperado



O consenso de que é necessário dormir por aproximadamente oito horas a fim de manter uma rotina saudável é confirmado pelo endocrinologista Walmir Coutinho, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Ele afirma que adultos precisam desse tempo para que o organismo se restabeleça dos danos sofridos ao longo do dia e adquira energia para funcionar adequadamente. "Ao dormir menos de oito horas por noite, aumenta-se a liberação do neuropeptídeo Y no corpo, que é o hormônio da fome. Ocorre, ainda, a redução do hormônio que ajuda a emagrecer, a liptina, características que, como apresentado no estudo, fazem com que os indivíduos que não dormem bem tenham mais riscos de ficar obesos”, explica.

A obesidade, por sua vez, é um dos fatores que influenciam o surgimento do diabetes tipo 2, o mais comum entre a população mundial. Desse modo, o corpo entra em um círculo vicioso que afeta a saúde do indivíduo. "Além da resistência à insulina, o cortisol estimula as células a reterem mais energia e induz a pessoa a ter mais apetite", comenta Hudson Mesquita. A combinação hormonal de acúmulo de gordura e carboidratos bem como o estímulo comportamental à má alimentação, favorecem o ganho de peso, o diabetes e mesmo problemas cardiovasculares.

Poucas horas de sono ou dormir fora do ciclo estabelecido pelo corpo promovem, ainda, outros danos ao organismo. "O sono do obeso é mais perturbado, pois a pessoa pode desenvolver apneia (momentos em que ela para de respirar por alguns segundos ao longo da noite), fazendo com que seja produzido ainda mais cortisol e a pressão arterial suba", explica o neurologista. "Esses distúrbios afetam principalmente os trabalhadores noturnos, que geralmente apresentam dificuldade para pegar no sono e mantê-lo durante o dia", completa Orfeu Buxton. "Tais profissionais, quando são pré-diabéticos, têm mais chances de progredir para o doença do que quem trabalha nos turnos da manhã e da tarde, pois enfrentam a interrupção do ciclo do relógio biológico intensamente", esclarece.

Mesquita pondera, no entanto, que tudo depende da adaptação de cada um à rotina de trabalho. "Há pessoas que afirmam ter melhor desempenho profissional à noite do que de dia. Por outro lado, alguns precisam ficar acordados no horário que costumavam dormir e começam a engordar e a apresentar problemas de saúde, incluindo depressão", exemplifica. E quem sofre mais, destaca, são os indivíduos com rotina desregrada, como pilotos de avião transcontinental.

"O piloto sai de um país durante o dia e, depois de longas horas de voo, ainda é dia na outra nação. Ao voltar, também continua claro, o que faz o corpo ficar confuso, pois os receptores químicos que recebem claridade e escuridão funcionam fora do ciclo tradicional", descreve Buxton. A solução para essas questões é procurar um especialista assim que notar algo errado na rotina de dormir.

Insulina


O diabetes tipo 2, que é cerca de oito vezes mais comum entre a população do que o tipo 1, ocorre devido à produção contínua de insulina pelo pâncreas. O problema é que as células musculares e adiposas não conseguem metabolizar a glicose presente na corrente sanguínea, embora haja a presença de insulina no organismo. Estima-se que entre 60% e 90% dos portadores da doença, geralmente tratada com dieta e exercícios, sejam obesos. Em casos mais graves, o paciente precisa tomar remédios por via oral ou aplicar injeção de insulina para controlar o nível de açúcar no sangue. Já no diabetes tipo 1 – doença autoimune –, as células produtoras de insulina são destruídas, uma vez que o sistema imunológico as reconhece como corpos estranhos.
 
Adauto Gonçalves Junior
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terça-feira, 15 de maio de 2012

QUASE METADE DA POPULAÇÃO ESTÁ ACIMA DO PESO!!!


Pesquisa divulgada nesta terça-feira (10) pelo Ministério da Saúde revela que quase metade da população brasileira está acima do peso. De acordo com o estudo, o percentual passou de 42,7% em 2006, para 48,5% em 2011. No mesmo período, a proporção de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.

Além disso, 29,8% dos brasileiros consomem refrigerantes pelo menos cinco vezes por semana. Por outro lado, apenas 20,2% ingere a quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde de cinco ou mais porções por dia de frutas e hortaliças.

Segundo o ministro Alexandre Padilha, um dos fatores do aumento do excesso de peso e da obesidade no Brasil é o consumo de alimentos gordurosos. Os dados revelam que 34,6% dos brasileiros comem em excesso carnes com gordura e mais da metade da população (56,9%) bebe leite integral regularmente.

Gráfico dieta dos brasileiros (Foto: arte/G1)

Os números são da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), que coletou informações nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal.

O levantamento, divulgado anualmente pelo ministério desde 2006, traz um diagnóstico da saúde do brasileiro a partir de questionamentos sobre os hábitos da população, como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, alimentação e atividade física. Em 2011 foram entrevistadas 54.144 pessoas de janeiro a dezembro.

“Alimentar-se bem é o primeiro passo para ter uma qualidade de vida saudável. Temos que ter maior oferta de produtos industrializados saudáveis. No tocante aos supermercados, o objetivo é colocar produtos saudáveis mais visíveis, como o leite desnatado”, afirmou Padilha, na coletiva de imprensa em que os dados foram apresentados.

A pesquisa revela que as mulheres comem mais frutas e hortaliças, enquanto os homens comem mais carne com excesso de gordura. Quem tem mais de 12 anos de escolaridade tende consumir mais frutas e hortaliças, de acordo com o levantamento.

Apesar de "comer pior", os homens se exercitam mais do que as mulheres. Segundo a pesquisa, 39,6% dos homens fazem exercícios com regularidade. Entre as mulheres, a frequência é de 22,4%. O percentual de homens sedentários no Brasil passou de 16% em 2009 para 14,1% em 2011.

De acordo com o Ministério da Saúde, o sedentarismo aumenta com a idade. Entre homens entre 18 e 24 anos, 60,1% praticam exercícios. Esse percentual reduz para menos da metade aos 65 anos (27,5%). Entre mulheres de 25 a 45 anos, 24,6% se exercitam regularmente. A proporção é de apenas 18,9% entre mulheres com mais de 65 anos.

Critérios
O Ministério da Saúde considera "acima do peso" as pessoas com um IMC (Índice de Massa Corporal) mais alto que 25, segundo a assessoria de imprensa. O IMC é calculado dividindo o peso pela altura ao quadrado. Acima de 30 no IMC faz a pessoa ser considerada "obesa".

“Existe uma tendência de aumento do peso e obesidade no país. Agora é a hora de virar o jogo para não chegarmos a países como os Estados Unidos, que tem mais de 20% de sua população obesa”, afirmou o ministro da Saúde.

Ele citou acordos feitos no ano passado entre o governo e a indústria de alimentos e escolas para a redução de sal e gordura na comida. O ministro defendeu ainda a criação de "espaços de saúde", com máquinas para exercícios em áreas públicas.

O levantamento revela que o sobrepeso é maior entre a população masculina. Mais da metade dos homens – 52,6% – está acima do peso ideal, enquanto 44,7% das mulheres apresentam sobrepeso.

A pesquisa do Ministério da Saúde mostra ainda que o excesso de peso entre homens começa na juventude. Entre os que têm entre 18 e 24 anos, 29,4% já estão acima do peso. Na faixa etária entre 25 e 34, 55% da população masculina apresenta excesso de peso. A porcentagem sobe para 63% na faixa etária entre 35 e 45 anos.

Já entre mulheres jovens (entre 18 e 24 anos), 25,4% apresentam sobrepeso. A proporção aumenta para 39,9% na faixa etária entre 25 e 34 anos, e mais que dobra entre brasileiras de 45 a 54 anos (55,9).

“Uma parte dessa tendência do aumento de peso que é que temos mais pessoas entre 18 e 24 anos com excesso de peso e obesidade. Agir sobre as crianças e adolescentes é fundamental para prevenir uma população obesa”, afirmou o ministro.

Capitais
Segundo o Ministério da Saúde, Porto Alegre é a capital que possui a maior quantidade de pessoas com excesso de peso (55,4%), seguida por Fortaleza (53,7) e Maceió (53,1). Na outra ponta da lista, com a menor proporção de pessoas com sobrepeso, estão São Luís (39,8%), Palmas (40,3%), Teresina (44,5%) e Aracaju (44,5%).

São Paulo apresenta 47,9% de pessoas com excesso de peso. A proporção no Rio de Janeiro é de 49,6%, e no Distrito Federal é de 49,1%.

A capital com mais obesos é Macapá (21,4%), seguida por Porto Alegre (19,6%), Natal (18,5%) e Fortaleza (18,4%). As capitais com menor quantidade de obesos são: Palmas (12,5%), Teresina (12,8) e São Luís (12,9%).

Em São Paulo, a proporção de obesos é de 15,5%; no Rio de Janeiro o percentual é de 16,5%; e no Distrito Federal os obesos representam 15% da população.

Pontos positivos
Se, por um lado, o avanço da obesidade preocupa, por outro, a queda do tabagismo é vista como um ponto positivo pelo Ministério. No mesmo levantamento, a taxa de fumantes ficou em 14,8% – é a primeira vez que o número cai para menos de 15%. O número de fumantes pesados – que fumam mais de 20 cigarros por dia – também caiu e está em 4,3%.

O governo também comemorou o crescimento do número de exames de mamografia feitos por mulheres com entre 50 e 69 anos de 2007 até agora.

“Na minha avaliação, tanto a questão do tabagismo quanto da mamografia mostram que o povo brasileiro adere sim às medidas de acesso à saúde”, apontou Padilha.

Nathalia PassarinhoDo G1, em BrasíliaAdauto Gonçalves JuniorPersonal Trainer

segunda-feira, 14 de maio de 2012

O QUE COMER ANTES E DEPOIS DE IR PARA ACADEMIA???

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Médico nutrólogo explica que os alimentos devem ser escolhidos de acordo com as necessidades individuais de cada um.

A alimentação para quem faz academia vai de acordo com o objetivo de cada pessoa e de suas necessidades individuais, se é, por exemplo, ganhar massa corporal (músculos) ou emagrecer, é o que alerta Milton Mizumoto, médico nutrólogo da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

Se a pessoa está em busca de ganhar músculos, tanto os carboidratos como as proteínas são fundamentais na alimentação. “O primeiro funciona como energético e o segundo como construtor”, diz. Mizumoto ressalta ainda que não se deve esquecer das vitaminas, que também são essenciais. “Principalmente as hidrossolúveis, como tiamina, riboflavina, nicotinamida, acido pantotênico, piridoxina, biotina, cianocobalamina e ácido ascórbico, responsáveis pela transferência de energia no metabolismo dos lipídeos, carboidratos e proteínas”.

Por outro lado, quem vai à malhação querendo emagrecer deve controlar o consumo de carboidratos, pois possuem alta quantidade de calorias. “Alimentos de alto índice glicêmico como açúcar, biscoitos, massas, bolos e doces devem ser evitados quando no estado de repouso, visto que ao ingerir carboidratos em repouso acarreta a produção pancreática de insulina e esta irá sequestrar a glicose do sangue para armazená-la no adipócito na forma de ácidos graxos ou triglicérides”.

Nesses casos as melhores opções são as que oferecem poucas calorias e muitos biorreguladores (como vitaminas e minerais). “Vegetais folhosos ricos em celulose e frutas ricas em pectina (polissacarídeo de ácido poligalacturônico) como a maçã, pêra, goiaba, nêspera e ameixa são excelentes opções”, afirma Mizumoto.

Mas lembra que uma alimentação balanceada também é muito importante para todos os tipos de treinos. “O balanceamento das proteínas, lipídeos, carboidratos e biorreguladores deverá acompanhar as necessidades energéticas e construtoras de acordo com o volume, a intensidade, a densidade e a periodicidade da planilha de treino, portanto, o entrosamento entre o nutrólogo e o treinador deverá ser o mais harmônico possível durante o macro, meso e microciclo do atleta”.

Parada rápida para um lanche durante o treino?

O especialista alerta que, até duas horas de treino, o importante é o que foi consumido antes do treino para estocar glicogênio muscular. “Agora, quando o exercício ultrapassa às duas horas, a glicose sanguínea oriunda dos alimentos ricos em carboidratos ingeridos durante o exercício, tornam-se fatores determinantes da continuidade do esforço físico”.

Alimentação antes de ir à academia

O médico nutrólogo diz que se alimentar antes da malhação também varia de cada pessoa, que dependerá se o atleta tem hipoglicemia reativa ou não, se ele reage ao consumo prévio de carboidratos de alto índice glicêmico.

“Caso ele seja reativo, o consumo de energéticos ricos em carboidratos deverá ocorrer apenas quando ele começar o exercício, pois com o aumento do esforço físico e do tempo prolongado induz a produção de adrenalina, noradrenalina, cortisol e glucagon, que inibem a liberação de insulina pelo pâncreas, evitando assim a hipoglicemia reativa, o que poderia prejudicar a performance do atleta”.

Após o treino

“Imediatamente após o término do exercício, até aproximadamente 45 minutos depois, é o melhor momento para ingerir carboidrato de alto índice glicêmico, pois nesta janela de tempo o carboidrato ingerido é depositado entre as fibras musculares, refazendo o estoque de glicogênio para a próxima sessão de atividade física”, conclui.
 
Adauto Gonçalves Junior.
Personal Trainer