
Muitas pessoas têm dificuldade em identificar se estão
satisfeitas ou não quando estão comendo. Muitas delas não sabem o que é sentir
fome há muitos anos. Isso acontece porque elas sempre comem além da satisfação e
finalizam a refeição apenas quando se sentem empanturradas de comida.
A diferença entre fome e vontade
de comer é muito simples: fome física é aquela que se manifesta com um incômodo
no estômago, um ronco, causado por um declínio no suprimento de energia do
corpo. Algumas vezes conseguimos ouvir o barulho que nosso estômago faz em
função das contrações, desta forma, fica mais fácil identificar que chegou a
hora de nos alimentarmos. É um comportamento que nos leva a comer qualquer
alimento que nos seja agradável, no instinto de saciar a fome.
Já na fome emocional, ou melhor, quando sentimos desejo de
comer, escolhemos um alimento específico, como pizza, chocolate, mousse de
maracujá. Não nos satisfazemos com qualquer alimento que temos disponível, é um
desejo por algo que nos traz uma imensa satisfação ou conforto.
Essa distinção é o primeiro passo para aprendermos a
lidar com a fome, seja ela real ou emocional. Através do processo de
identificação do que estamos sentindo, começamos a desenvolver ferramentas para
lidar com esses momentos em que não conseguimos comer somente o suficiente para
nosso corpo.
"Entender os sinais e as motivações que o levam a comer possibilitará com que você decida por escolhas conscientes"
Ao sentarmos parar realizar uma refeição, é fundamental
que possamos prestar a atenção em como comemos. Comer devagar, pausando os
talheres no prato e sem pressa, é um comportamento assertivo, pois desta forma
nosso corpo ganha tempo para avisar nosso cérebro que já estamos satisfeitos,
evitando assim que nos enchamos de comida desnecessariamente, contribuindo para
o aumentos do peso, assim como outras doenças associadas a obesidade.
Desenvolver a inteligência emocional e corporal requer que
as pessoas consigam interpretar os sinais corretos de fome do corpo, não mais
comendo em excesso, comendo para se nutrir e não para nos proporcionar um
conforto irreal. Entender os sinais e as motivações que o levam a comer
possibilitará com que você decida por escolhas conscientes.
Outros aspectos importantes a serem identificados são os
estímulos externos, como os visuais. Eles estão presentes nas propagandas da
televisão e nos corredores dos supermercados, cheios de guloseimas calóricas. É
importante identifica-los e evita-los.
Cada pessoa responde, preferencialmente, a um tipo de estímulo. Ao identificá-lo será possível desenvolver uma melhor percepção e conhecimento sobre si, passando a neutralizar esses estímulos Podemos também pensar nos estímulos olfativos, que nos remetem a comida da nossa mãe, ou mesmo aquele bolo que você adora. Nesses momentos é fundamental identificar que nesse caso o que se tem é o desejo de comer, e não a fome real.
ESCRITO
POR:Luciana
Kotaka
Psicologia
e Psicoterapias
Adauto Gonçalves Junior
Personal Trainer
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