terça-feira, 24 de julho de 2012

ALGUNS ALIMENTOS TERMOGÊNICOS QUE AJUDAM EMAGRECER!!!



Acredito que você já sabe que manter uma dieta alinhada é fundamental para emagrecer. Porém, existem alguns alimentos que podem contribuir ainda mais para essa tarefa. Esses alimentos possuem efeitos termogênicos, que ajudam a aumentar o metabolismo e queimar gordura corporal. Sendo assim, se o seu objetivo é emagrecer, procure incluir os alimentos termogênicos listados abaixo em sua alimentação.
Vale lembrar que listamos algumas frutas abaixo que devem ser consumidas ocasionalmente e com moderação devido ao alto índice glicêmico. Também listamos alguns alimentos ricos em gorduras, que ao contrário do que muitos pensam, são benéficos para o emagrecimento.

ALIMENTOS TERMOGÊNICOS

Pimenta Caiena
Pimenta Vermelha
Salsa
Vinagre de Cidra de Maçã
Repolho
Aipo
Brócolis
Couve Flor
Couve de Bruxelas
Limão
Damascos
Passas
Melancia
Mamão
Maçã
Cereja
Uva
Laranja
Pêssego
Pera
Salmão
Cavala
Atum
Sementes de Linhaça
Aveia
Canela
Gengibre
Chá de Hibisco
Água Gelada
Guaraná em Pó
Essas são as opções mais comuns de alimentos termogênicos que podemos encontrar, e certamente vale a pena incluir alguns deles em sua dieta para emagrecer.

 
ADAUTO GONÇALVES JUNIOR
PERSONAL TRAINER

sábado, 21 de julho de 2012

PERSONAL TRAINER DE IDOSOS É UMAS DAS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS DO MERCADO!!!



Em 2025, o Brasil terá mais de 33 milhões de idosos, o que leva o país a ocupar o 6º lugar no ranking mundial de população idosa. Porém, o mercado de profissionais de Educação Física nessa área é escasso. A maioria dos profissionais se limita em trabalhar apenas atividades aquáticas, como a hidroginástica. Apesar de existirem diversos cursos em Gerontologia e algumas pós-graduações, como Geriatria e Envelhecimento Humano, poucos profissionais têm interesse na área. Para Maria Alice Corazza, profissional de Educação Física, especialista em atividade física para a terceira idade há 43 anos, existem grandes oportunidades no setor e que ainda devem ser desbravadas. "A terceira idade é uma área ampla e com diversas opções de atividades físicas, como condicionamento físico, flexionamento, alongamento, localizado, resistido, relaxamento, entre outros. Porém, existem 5 pontos essenciais para o profissional atuar nesse mercado. O primeiro é amor. O segundo é amor. O terceiro é amor. O quarto é paciência. O quinto é disposição", afirma Maria Alice, lembrando que "temos que assumir o corpo que somos e não o corpo que temos. Nascer é vital, viver é natural, mas saber envelhecer com qualidade de vida é um privilégio".

Relação entre Personal Trainer e terceira idade.
O profissional que atua com a terceira idade tem que entender que o idoso deve fazer a atividade física por prazer e com prazer. Os jovens costumam buscar nas atividades físicas corpos sarados, os idosos buscam corpos sadios. O idoso que pratica atividade física quer ter resistência para limpar sua casa, levar o cachorro pra passear e carregar suas sacolinhas de mercado sozinho. Porém, muito deles também procuram o Personal Trainer para poder ter uma companhia, conhecer novas pessoas e estar em novos ambientes. Por isso, é necessário que o Personal Trainer realize um trabalho psicológico, físico e social com o idoso, pois se sentir útil é a verdadeira fonte da juventude de qualquer idoso.
A verdadeira Fonte da Juventude.
Idoso. A palavra, muitas vezes, remete a maioria das pessoas à proximidade do fim. Porém, o que muitas delas não sabem é que a população idosa vivencia um processo evolutivo e progressista há alguns anos. O idoso que não saía de casa para cuidar do neto e ficar vendo TV não é mais a maioria na sociedade. Agora, o idoso é consciente, esclarecido, proativo, participativo, flexível e adaptável. Diferente daqueles idosos sedentários da década de 70, que reclamavam frequentemente de lordose, cifose e escoliose, os idosos do século 21 são dançarinos, viajantes, atletas e praticantes de caminhada. Aquele idoso que tinha osteoporose e ficava com medo de agravar o problema ao praticar atividade física, hoje em dia tem consciência das graves consequências se não optar pela qualidade de vida. Hoje, é possível encontrar alunos de 90 anos, totalmente conscientes nas academias. "Hoje em dia, o idoso acredita muito mais no potencial dele. Com isso, começa a querer praticar diversas atividades físicas e isto aquece o mercado de Personal Trainer para Idosos. Atualmente, os profissionais não estão sendo procurados apenas em academias, pelo contrário, são procurados em SPAS, condomínios, clubes e até em bailes de terceira idade", conclui Maria Alice.

ADAUTO GONÇALVES JUNIOR
PERSONAL TRAINER

sábado, 14 de julho de 2012

SIBUTRAMINA: A POLÊMICA CONTINUA



Corbis ImagensRecentemente fizemos uma pesquisa na academia onde sou coordenador técnico para saber dos alunos que estavam com sobrepeso quais já haviam tomado alguma medicação para emagrecer. Dentre os 57 entrevistados, tanto homens como mulheres, 30 fizeram uso da sibutramina. O mais espantoso foi saber que dos 30 alunos, apenas cinco estavam com o peso abaixo do início do tratamento, pois todo o restante acabou ganhando peso novamente após o término do remédio, caracterizando o famoso "efeito rebote".
A sibutramina é um medicamento utilizado para o tratamento de excesso de peso naqueles casos em que apenas dieta, exercícios e a mudança de estilo de vida não foram suficientes para promover o emagrecimento. A discussão sobre a proibição da sibutramina ressurgiu em janeiro, após levantamento realizado pela Scout (Sibutramine Cardiovascular Outcomes) com cerca de 10.000 pessoas, o qual apontou que o uso da substância pode elevar a pressão arterial e a frequência cardíaca. O resultado fez com que a Agência Europeia de Medicamentos (Emea) proibisse a venda da droga “pois a sibutramina aumenta as chances do paciente de sofrer derrame e enfarte”, segundo o comunicado emitido à época. A ação da Emea chegou a ser considerada exagerada por médicos brasileiros.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa - passou a dar mais atenção ao assunto. O país está na lista dos que mais consomem a droga. Só em 2009, de acordo com balanço divulgado pelo Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados, os brasileiros consumiram em média duas toneladas de sibutramina. Tal fato motivou a Anvisa a fazer uma nova recomendação aos médicos do Brasil: o remédio deve ser contraindicado para "pessoas que apresentam obesidade associada à existência de doenças cárdio e cerebrovasculares e diabetes mellitus tipo 2, associados a mais de um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares". Para dificultar o uso abusivo do remédio, sua venda só pode ser feita com receita azul controlada, onde a mesma fica retida na farmácia com os dados do médico e do paciente.
Devemos sempre levar a nossa vida de maneira saudável, iniciando por um bom programa de atividade física, onde possamos ter uma boa regularidade e sentir o máximo de prazer em realizá-los. Em suma, nenhuma medicação para emagrecer deve ser tomada sem orientação médica e deve ser prescrita por um endocrinologista. A prescrição do medicamento deve estar sempre associada a um programa de reeducação alimentar e estímulo à atividade física.
 
ADAUTO GONÇALVES JUNIOR
PERSONAL TRAINER

TREINANDO PERNAS!!!







Quem se aventura ir a uma academia pela primeira vez, e no mínimo é uma pessoa curiosa e detalhista, perceberá rapidamente que há um setor da academia em que se concentram mais homens e outro que se concentram mais mulheres. Homens se agrupam onde há a maior concentração de aparelhos de braço e tronco, e mulheres onde há aparelhos de membros inferiores, pernas.

Por uma questão de cultura, estética e um pouco de desconhecimento por parte de algumas mulheres que “rejeitam” o treino de membros superiores, seguem-se dicas de treino de pernas e vários benefícios que podem amenizar a pouca atração que as mulheres têm de treinar membros superiores.

A obediência está caracterizada em todos os esportes, seja ela de ordem tática ou técnica e na sala de musculação isso se resume no tempo de execução do movimento e na perfeição do mesmo (técnica). O treinamento de pernas, para muitas pessoas é aquele treinamento complementar, onde academias bem equipada possuem inúmeros aparelhos de membros superiores, e poucas são as novidades no mercado para treino de membros inferiores, tornando desde já um treino “chato”. Do ponto de vista motivacional temos que deixar essa negativa de lado e partir com todo o empenho e concentração.

Um fator fisiológico que também interfere na motivação é que os resultados aparentes do treinamento de pernas “demoram” mais para aparecer, esta esfera negativa terá de ser deixada de lado.

Os benefícios de um treinamento bem elaborado e bem executado de membros inferiores estão no equilíbrio muscular que pode ser alcançado. Tal equilíbrio se resume em pernas fortes em todo segmento, pois quando se fala em pernas “equilibradas” na parte estética, diz-se uma silhueta bonita, onde os músculos anteriores da perna se equivalem aos posteriores e vice-versa, no ponto de vista esportivo – profissional, é esse equilíbrio fator até de prevenção de lesão.

Inúmeros são os músculos envolvidos no segmento inferior do corpo e que a maioria das pessoas não conhece, fica a dica: Um treinamento orientado por um profissional tornaria mais dinâmico o treinamento e os resultados seriam mais satisfatórios. Os músculos anteriores da coxa: sartório, tensor da fáscia lata, quadríceps (reto femoral, vasto medial, vasto lateral e vasto intermédio), os posteriores da coxa formados pelos isquiotibiais: bíceps da coxa ou bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso) e os adutores da coxa ou mediais da coxa: composto pelos músculos pectíneo, grácil, adutor longo, adutor curto e adutor magno, essa variedade é exemplo de que há formas de treiná-los um pouco mais detalhadamente.

O empenho e a genética muitas vezes entram em conflito, mas façamos com que o empenho supere qualquer desculpa sobre genética. Cultive em você um espírito de luta, “cara feia” quando se faz força é até bonito em sala de musculação.

A minha dica para mulheres que não gostam de treinos de membros superiores e não possuem limitações ortopédicas ou articulares que as impeçam, é investir em agachamentos em barra, com barra livre, com acompanhamento de anilhas, halteres e etc, onde paralelamente os membros superior e tronco entram no treino como auxiliares do movimento e equilíbrio.

Outras dicas envolvem aproveitar melhor amplitudes de movimento, alternância nos treinos (periodicidade), proteção articular e etc.

Extraia fogo dos músculos, pois os resultados virão.
 
ADAUTO GONÇALVES JUNIOR
PERSONAL TRAINER

quinta-feira, 5 de julho de 2012

ADAPTAÇÕES MUSCULARES AO TREINAMENTO AERÓBICO!!!


Adaptações musculares ao treinamento aeróbio



Principais tópicos
- O músculo, quando adaptado ao treinamento aeróbio utiliza melhor a reserva energética. Um aumento na captação de oxigênio do sangue e alterações no metabolismo energético, contribuem para a melhoria do desempenho nos treinamentos. O desempenho, logicamente,é melhorado também pelo aumento do débito cardíaco e outras alterações que não estão correlacionadas bioquimicamente.
- As adaptações musculares são induzidas especificamente nos grupos musculares exercitados. Essas adaptações são mantidas quando a atividade é contínua, porém quando tal fato não ocorre, ela é desativada. Tanto a intensidade como a duração são fatores determinantes nas adaptações musculares.
- Por outro lado, a adaptação do músculo ao exercício é um fator importante na melhoria do desempenho em esportes competitivos, essas adaptações são salutares também para grupos populacionais que fazem atividade física sem o intuito de competir.
Introdução
A habilidade de desenvolver determinadas atividades como correr ou pedalar, necessita da produção de energia pelos músculos estimulados, ou seja, aumento na degradação do ATP (adenosina trifosfato) e a resíntese do mesmo. Se a demanda não é atingida ocorre a fadiga muscular. Em qualquer atividade física que ocorre em tempo superior a alguns min., a energia é fornecida pelo sistema aeróbio, ou seja, utiliza o oxigênio para degradar moléculas de carboidratos e ácidos graxos. A mitocôndria e as fibras musculares respondem às informações químicas, que são fornecidas durante a contração muscular e a utiliza na resíntese do ATP, ou seja, na fosforilação do ADP. Esse processo necessita da liberação de oxigênio para ativar as fibras musculares e também da disponibilidade de nutrientes (carboidratos e ácidos graxos) para manter o consumo do oxigênio. Esses combustíveis devem estar presentes em quantidades adequadas no organismo. O oxigênio é captado pelo músculo através do fluxo sangüíneo e se difunde dos capilares para a mitocôndria das fibras musculares. A produção de energia pode ser interrompida se ocorrer uma diminuição no fornecimento de combustível ou então, se ocorrer diminuição nas reações de oxi-redução a nível celular. Os exercícios de resistência provocam adaptações musculares que controlam o fornecimento de energia. As adaptações que ocorrem com o treinamento promovem alterações no metabolismo muscular, adaptando-o para aumentar a velocidade das trocas entre os capilares e as células e conseqüentemente uma melhoria no desempenho físico.
Estrutura muscular
Tipos de fibras musculares
O músculo esquelético de um adulto, segundo Saltin e Gollnik (1983), é formado por quantidades iguais de fibras de contração lenta (Tipo I) e de contração rápida (Tipo II). As fibras de contração lenta apresentam um maior fluxo sangüíneo, uma maior densidade capilar e também, um maior número de mitocôndrias. Este tipo de fibra é bastante resistente à fadiga, desde que o fluxo sangüíneo seja mantido. As fibras de contração de mitocôndrias, também as fibras do Tipo IIa têm um metabolismo oxidativo elevado e são resistentes à fadiga. As fibras do Tipo IIb entram em fadiga rapidamente quando são requisitadas para a contração muscular. O organismo adapta-se ao aumento de intensidade de exercício (de suave para moderado a intenso) pela utilização de maior número de fibras em geral na seguinte ordem: Tipo I, Tipo IIa e Tipo IIb. Sabendo-se das características dos tipos de fibra, torna-se fácil entender porque o desempenho atlético pode ser facilmente prolongado de intensidade submáxima e de curta duração até aquele de alta intensidade. Sabe-se que as adaptações das fibras musculares induzidas pelo treinamento não promovem alterações significativas entre as fibras de contração lenta (Tipo I) e contração rápida (Tipo II). O elevado número de fibras de contração lenta (70 a 90%) que observa-se em atletas de resistência de alto nível, provavelmente, é genético e não devido ao treinamento (Fink et al, 1977).
Mitocôndria
Uma adaptação básica que ocorre bioquimicamente e que é induzida pelo treinamento reside no aumento do número de mitocôndrias nas fibras dos músculos (Holloszy, 1967). O aumento significativo na quantidade de mitocôndrias aumenta também a capacidade para produção de energia aeróbia e conseqüentemente os carboidratos e gorduras são mais facilmente oxidados; este fato é observado tanto nas fibras de contração lenta como naquelas de contração rápida que se adaptam melhor ao programa de treinamento.
Capilaridade muscular
O exercício aumenta a capilaridade das fibras musculares, portanto, quando estas estão em atividade, o fluxo sanguíneo aumenta. O aumento da capilaridade ocorre mais facilmente nas fibras de baixa capacidade oxidativa (Tipo IIb), que apresentam, normalmente, uma baixa densidade capilar. O desenvolvimento de novos capilares, porém, pode ocorrer em todos os tipos de fibras (Saltin e Gollnick, 1983; Yang et al, 1994).
O aumento da capilaridade ao redor de cada fibra aumenta a captação de oxigênio devido ao aumento da capacidade de difusão desse elemento, encurtando a distância necessária para que o oxigênio se difunda no músculo e/ou pelo aumento do tempo para que o processo ocorra (ou seja, as células vermelhas do sangue ficam mais tempo nos capilares). Este aumento da capilarização contribui para a melhora da oxiginação, como já foi observado com animais de laboratório submetidos a treinamento (Bebout et al, 1993; Yang et al, 1994) e em seres humanos (Saltin et al, 1976) e como conseqüência promove um aumento na captação de oxigênio como se observa em indivíduos treinados para provas de resitência.
Fluxo sangüíneo
O fluxo sangüíneo no músculo esquelético é bastante elevado; ele é tão alto que o débito cardíaco não consegue perfundir todos os capilares de massa muscular quando está em atividade máxima (Aderson e Saltin, 1985). Devido a este fato, quando o indivíduo está se exercitando intensamente e requisitando um consumo máximo de oxigênio, o débito cardíaco somente atinge parte das exigências, portanto, as necessidades não são atendidas. Não existe nenhum trabalho que tenha demonstrado que o fluxo sangüíneo possa atingir seu pico máximo aumentando o treinamento em resitência (Mackie e Terjung, 1983; Sexton e Laughlin, 1994), porém os valores adaptativos podem promover um aumento além do previsto. Parece que ocorrem modificações e adaptações durante o treinamento, envolvendo uma melhor utilização do fluxo sangüíneo nos músculos e, também ocorre um aumento na troca de nutrientes entre os capilares e as fibras. Este fato tem um papel importante no controle arterial vasomotor no suprimento e na resistência dos vasos (Delp et al, 1993; Segal, 1994) e também no aumento da capacidade de trocas entre os vasos que circundam as fibras musculares.
Metabolismo
O aumento das mitocôndrias que ocorre nos músculos treinados, apresentam uma série de efeitos metabólicos que melhoram o desempenho em exercícios prolongados. Primeiramente, ele é responsável pelo aumento na utilização de ácidos graxos como fonte de energia após o exercício, mesmo quando os níveis desses ácidos graxos no sangue estão baixos (Mole et al, 1971). Também o aumento mitocondrial nas fibras musculares alteram os sinais bioquímicos que controlam o metabolismo durante uma atividade sub-máxima (Dudley et al, 1987). De fato, quando comparamos com indivíduos não treinados, os sinais das fibras musculares treinadas que podem acelerar o metabolismo durante o exercício estão atenuados, portanto, reduzindo a utilização de carboidratos e provavelmente contribuindo para uma economia de glicogênio muscular que é observado em pessoas treinadas (Karlsson et al, 1972). Essas adaptações metabólicas do músculo favorecem o desempenho de indivíduos treinados para provas de resistência (Holloszy e Boot, 1976; Holloszy e Coyle, 1984).

Estímulo do treinamento Duração e intensidade do exercício
Até o presente nenhum mecanismo que possa ser responsabilizado pelas adaptações musculares induzidas pelo treinamento é conhecido. Porém, sabe-se que os músculos são estimulados a se adaptarem ao programa de treinamento (Holloszy, 1967). Os músculos que não são requisitados no programa de treinamento não se adaptam. Assim, o estímulo adaptativo ocorre somente nas fibras musculares ativadas e não por um fator circulante que generalize esse processo. Além disso, para um determinado programa, o treinamento deve ser executado por um tempo suficiente, que pode ser de dias ou mesmo semanas para que as adaptações bioquímicas musculares ocorram. Por exemplo: a quantidade mitocondrial do músculo parece atingir um estado de equilíbrio após aproximadamente 4 a 5 semanas de treinamento (Terjung, 1979). A magnitude do treinamento aumenta o conteúdo mitocondrial que é também influenciado pela duração da série. Como pode-se observar na figura 2, as séries prolongadas promovem um grande aumento no conteúdo mitocondrial. Porém, a influência do tempo de duração de cada série aumenta, o tempo adicional parece ter pouca importância no aumento do conteúdo mitocondrial. Por outro lado, a intensidade do exercício interage com a duração da série e os minutos iniciais tornam-se mais efetivos na adaptação do músculo. Observas-se, na figura 2 que o pico de adaptação no conteúdo mitocondrial parece ser mais rápido quando a intensidade de sessão é maior. Os benefícios das sessões de longa duração em melhorar o desempenho estão relacionadas com as adaptações cardiovasculares, balanço hídrico, disponibilidade de substratos ou outros fatores que não estão diretamente relacionados com as adaptações específicas a nível muscular. Pelo menos, parte dos efeitos benéficos do aumento da intensidade do treinamento para induzir as adaptações musculares podem ser atribuídos à intensidade de solicitação das fibras musculares (Dudley et al, 1982). Este fato está representado na figura 3. Uma vez que o pico de desempenho (ou seja, desenvolvimento de força e/ou potência) é obtido pelo desenvolvimento do conjunto de fibras (representado na figura 3 pelas fibras com alta capacidade oxidativa), o aumento da potência está calcado na requisição de fibras musculares adicionais. Este tato pode ser observado pela marcante adaptação que ocorre com as fibras de baixo poder oxidativo, que aumentam para atender a maior demanda devido ao exercício mais intenso.











Figura 1. Efeito do tempo de treinamento e inatividade na quantidade de mitocôndrias no músculo esquelético. Observa-se que com a interrupção (a) por 1 unidade de tempo (i.e. 1 semana) ocorreu uma diminuição de 50%, e todo o programa de treinamento adaptativo perdeu-se quando a interrupção prolongou-se por 5 unidades de tempo. Observa-se que após o reinício do treinamento foram necessárias 4 unidades (4 semanas) (b) para se reestabelecer o que foi perdido em 1 semana. Adaptado de Booth (1977).













Figura 2. Influência do tempo de duração da sessão de exercício na adaptacão muscular. Para perspectivas práticas consideremos o programa a como correspondendo a uma intensidade de 40% do VO2max., b a 50% do VO2max., c a 70% do VO2max., d a 85% do VO2max., e e a 100% do VO2max. Adaptado de Dudley et al (1982).













Figura 3. Influência da intensidade de treinamento de cada sessão nas adaptações do conteúdo mitocondrial das fibras musculares. Quando as sessões de treinamento são mais intensas, as fibras de baixa capacidade oxidativa (tipo IIb) são requisitadas e adaptam-se melhor ao exercício. Adaptado de Dudley et al (1992).
Exercício de curta duração
Nem toda a melhoria que ocorre no desempenho, devido ao treinamento, deve ser atribuído às adaptações bioquímicas em longo prazo. Por exemplo, mesmo alguns dias após o início do programa de treinamento, pode-se evidenciar uma melhoria no desempenho muscular e no metabolismo (Caudefau et al, 1994; Green et al, 1992), talvez devido ao fato deste tipo de treinamento causar, inicialmente, uma modificação no controle neuromuscular e/ou cardiovascular, que melhoram a utilização das fibras musculares, metabolismo e distribuição do fluxo sangüíneo. Este é um dos exemplos da complexidade das mudanças e da variedade na duração do treinamento que é necessário para que uma determinada adaptação possa ocorrer, na fase de transição de uma condição de relativa inatividade, a um estágio de condicionamento físico ótimo.
Todas as melhorias que ocorrem no desempenho físico após o treinamento não podem ser atribuídas unicamente às adaptações desenvolvidas pelo músculo. Outras modificações (neuromuscular, cardiovascular e endócrinas) podem ser instrumentos que contribuem para realçar o desempenho após um treinamento de semanas ou meses.
Inatividade
Assim como todas as adaptações ocorrem durante o treinamento, estas são gradualmente perdidas pela inatividade. A extensão e o tempo em que ocorre a regressão não é conhecido, parece estar relacionado com os processos relatados. Por exemplo, na figura 1 cerca de 50% do aumento no conteúdo mitocrondial do músculo induzido pelo treinamento pode se perder após 1 semana de interrupção. (Henriksson e Reitman, 1977; Terjung, 1979). O retorno aos treinos promove a recuperação nas adaptações; porém o tempo necessário para que a recuperação ocorra é bem superior a aquele de inatividade (Booth, 1977).
No exemplo da figura 1 observa-se o período relativamente longo (identificado como
b) necessário para recuperar o estado de equilíbrio metabólico provocado pelo hiato de tempo de inatividade no aumento do conteúdo mitocondrial.
Resumo
Enquanto as adaptações para o treinamento de resistência são complexas e multifacetadas, as modificações que ocorrem nos músculos ativados são fundamentais e provavelmente garantem as alterações metabólicas e funcionais que dão o suporte para aumentar o desempenho em resistência observado após o treinamento. A adaptação que envolve uma remodelação muscular (aumento no conteúdo mitocondrial e na capilaridade) é influenciada pela duração e intensidade dos exercícios e necessita de um longo período até atingir o estágio ótimo de equilíbrio adaptativo e é perdido pela inatividade.
Referências
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Cadefau, J., H. J. Green, R. Cusso, M. Ball-Burnett, and G. Jamieson (1994). Coupling of muscle phosphorylation potential to glycolysis during work after short-term training. J.Appl. Physiol. 76:2586-2593.
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Green, H.J., R. Helyar. M. Ball-Burnett, N. Kowalchuk, S. Symon, and B. Farrance (1992). Metabolic adaptations to training precede changes in muscle mitochondrial capacity. J.Appl. Physio. 72:484-491.
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Yang, H.T., R.W. Ogilve, and R.L. Terjung (1994). Peripheral adaptions in trained aged rats with femoral artery stenosis.
Circ. Res. 74:223-243.
 
 
 
ADAUTO GONÇALVES JUNIOR
PERSONAL TRAINER

quarta-feira, 4 de julho de 2012

CAMINHADA E SEUS BENEFÍCIOS!!!



A caminhada é considerada ideal para aquela pessoa sedentária que resolveu começar uma atividade física. Há diversos benefícios, mas você sabe quais? Vamos listar alguns! Animação e “pé na estrada”. Lembre-se de antes de começar uma atividade física, mesmo a caminhada, é necessário fazer uma avaliação médica.
- Emagrece. A caminhada aliada a uma boa alimentação pode ajudar a emagrecer, já que é um exercício aeróbio. Queima calorias e, conseqüentemente, ajuda no controle do peso.
- Auxilia no controle do colesterol e da diabete. A caminhada propicia um melhor condicionamento cardiovascular e pode ajudar a reduzir as taxas de colesterol ruim (LDL e o VLDL). Além disso, pode reduzir os níveis de glicose e melhorar a ação da insulina no corpo.
- Melhora o humor. Deixa a pessoa mais vigorosa e ativa, pois garante a oxigenação do cérebro e, se feito com freqüência, libera a endorfina, que também é chamado de hormônio do bem estar, promovendo uma sensação de prazer, disposição e uma maior animação para a vida. Além disso, você pode usar o tempo da caminhada para refletir sobre seus projetos, sua vida.
- Deixa os ossos mais fortes. As atividades físicas tornam os ossos mais fortes, especialmente a caminhada, já que o grande trabalho se dá nos membros inferiores que sustentam todo o peso do corpo.
- Fortalece os músculos. Fortalece principalmente os músculos dos membros inferiores e isso pode contribuir, inclusive, a ter uma postura melhor, corrigindo aqueles vícios de má postura e sendo vital para quem sente dores na coluna. É importante ficar atento para a forma correta de se caminhar.
- Melhora a respiração. A caminhada contribui para estimular os pulmões e isso, juntamente com outros benefícios, melhora o condicionamento físico e conseqüentemente, melhora a respiração, já que oxigena as células do corpo.
- Aumenta a circulação do sangue. Isso contribui para o controle da hipertensão arterial e também para diminuição do risco de varizes.
- Melhora a imunidade do corpo. Exercícios feitos regularmente influenciam na imunidade do organismo.
- Ajuda a dormir melhor. A caminhada, assim como a maioria das atividades físicas, pode contribuir para uma boa noite de sono, inclusive para aquelas pessoas que possuem problemas de insônia.
- Diverte. Isso mesmo! Depois que a caminhada torna-se um hábito, você se diverte praticando-a, além de poder fazer novas amizades “de caminhada” e faz você se sentir mais relaxada e mais animada para as outras tarefas da sua vida.

 
ADAUTO GONÇALVES JUNIOR
PERSONAL TRAINER

terça-feira, 3 de julho de 2012

TREINAMENTO FUNCIONAL E EQUILÍQUIBRIO CORPORAL!!!




Do ponto de vista biomecânico voltado ao futebol, todo gesto motor apresenta instabilidade articular, principalmente dos membros inferiores.
A corrida, o chute, o salto para um cabeceio, uma disputa de bola, todos esses movimentos dentre os milhares que existem neste esporte apresentam uma complexidade de sistemas corporais interagindo para que o organismo possa melhor executá-lo sem grandes perturbações e com extrema precisão.
De acordo com BERG (1989) citado por GOLDENBERG & TWIST, o equilíbrio pode ser entendido por três caminhos: a capacidade de manter uma posição, a capacidade para voluntariamente mover-se e a capacidade para reagir a uma perturbação.
Os músculos do corpo apresentam continuamente uma corrente para corrigir os distúrbios no centro de gravidade. Vale ressaltar que, quando o atleta está em pé, o centro de gravidade passa proximalmente e anteriormente à segunda vértebra sacral da coluna e esse ponto se modifica conforme os movimentos do jogo.
Sendo assim, posso citar como exemplo o desafio do equilíbrio que força o corpo para frente, quando a base de suporte está nos pés e a cadeia de sistemas que contrapõe esse movimento começa com o tornozelo.
Os músculos posteriores do tornozelo e das pernas contrairão para contrapor-se ao movimento, puxando o corpo e conseguindo promover o equilíbrio de modo a levar o ponto gravitacional ao lugar específico do corpo.
Se o equilíbrio está forçando para trás, os músculos anteriores da perna serão contraídos e o trabalho para puxar as costas para o centro de gravidade se realizará.
 
ADAUTO GONÇALVES JUNIOR
PERSONAL TRAINER

HÉRNIA DE DISCO PODE SER TRATADA SEM CIRURGIA!!!!





A hérnia de disco está entre as queixas mais recorrentes quando o assunto é problema na coluna. Apenas no Brasil, são mais de cinco milhões de pessoas sofrendo com os traumas resultantes dessa complicação. A hérnia de disco nada mais é do que uma ruptura estrutural em um dos discos da coluna, ocorrendo com mais frequência na região lombar ou cervical. Além de provocar dor, ela geralmente inabilita a vítima de exercer suas funções normalmente. Após passar por um diagnóstico médico, muitas pessoas são logo encaminhadas para a cirurgia, expondo seus organismos aos riscos inerentes a qualquer intervenção cirúrgica. Mas o que o grande público não sabe, e merece saber, é que a cirurgia não é a única solução para esse mal, e muitas vezes é a saída menos indicada. A Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos afirma, com base em estudos, que cerca de 90% dos portadores de hérnia de disco podem melhorar através de práticas orientadas e regulares de técnicas como a acupuntura, a fisioterapia, o Rolfing e o RPG (Reeducação Postural Global). “A cirurgia só deve ser uma opção quando não há resposta terapêutica a um tratamento de no mínimo oito semanas envolvendo fisioterapia, outras técnicas e medicamentos”, alerta o reumatologista paulista José Goldenberg. Confira quais são as possibilidades de tratamento: Fisioterapia: Tratamento recomendado principalmente para o relaxamento e a reeducação postural. Evita que problemas pequenos se tornem grandes. Acupuntura: Indicado como complemento de outras terapias e apenas para problemas em estágio inicial. O tratamento à base das agulhas serve para aliviar dores e desbloquear terminais de energia espalhados pelo corpo. Rolfing e RPG: Ambos são muito úteis no fortalecimento das vértebras, gerando flexibilidade e maior capacidade de movimentos. Antiinflamatórios: Quando a situação está realmente grave, os terminais nervosos, a musculatura, as articulações e os ligamentos ficam contraídos pela inflamação, causando mais dor que o suportável. Os antiinflamatórios são bem úteis nesse caso. Exercícios físicos: Fortalecer os músculos, em especial o grupo abdominal, é primeiro passo pra quem quer ficar longe dos problemas de coluna. É possível reforçar músculos e tendões que circundam as vértebras e impedir o avanço da doença. Fonte: Portal Viva Viver e Revista Istoé

ADAUTO GONÇALVES JUNIOR
PERSONAL TRAINER